Fetiche
O que é esse treco?
Carol Patrocinio
A gente sempre escuta – ou lê – pessoas falando sobre fetiche, sobre fantasias sexuais e tudo isso que está ao lado do sexo em si, porém ninguém nunca explica direito o que são essas coisas. Mas afinal, o que é fetiche? Existe limite pra esse tipo de coisa? Para acabar com as suas dúvidas e deixar a sua vida – ou futura vida – sexual mais clara e fácil, a gente vai explicar tudo sobre o assunto pra você!Para ajudar a gente – e não permitir que nenhuma besteira seja dita -, conversamos com a Psicóloga especializada em Psicoterapia com Enfoque na Sexualidade do Instituto Paulista de Sexualidade, Giovanna Lucchesi.
Segundo a explicação de Giovanna, fetiche é a atração sexual por apenas determinada parte do corpo ou por objetos inanimados, como roupas, sapatos e acessórios. Ela também explica que existe, sim, uma diferença entre fetichismo e fantasia sexual: “Na fantasia pode-se tudo, já que se trata de imaginação e não de realização. Entretanto se a fantasia possui um tema específico, poderemos nomear como fetichismo”. Ela também comenta a importância da fantasia sexual para quem pretende fazer sexo.
Mesmo que você não acredite, todo mundo tem um pouquinho de fetiche em alguma coisa. Não acredita? Você acha sexy quem usa uniforme? Acha salto alto excitante? Sempre sentiu uma coisa diferente pela mulher gato com roupa de vinil? Te pegamos! Isso é fetiche! Essas preferências são o fetiche, não é nada errado, nem precisa ser totalmente estranho, é só uma predileção por um tipo de pessoa/roupa/hábito. “Além disso, é comum as pessoas se atraírem por características específicas do corpo da outra pessoa, tais como: pés, mãos, genitais, cor e tipo de cabelo, altura e entre outros”, completa Giovanna.
Muitas pessoas têm vergonha de assumir quais são seus fetiches, se falar sobre sexo já é um tabu, imagine sobre fetichismos! “Os fetiches mais comuns são aqueles aceitos socialmente, ou seja, preferências que são vistas pela sociedade como apropriado e até motivado pela mídia. Alguns exemplos são lingerie, roupas de couro, pessoas com uniformes profissionais em situações sensuais”, completa a psicóloga.
Como em qualquer outra área da sua vida, suas preferências sexuais podem atrapalhar sua relação com o mundo exterior e aí acabam sendo consideradas uma doença. Sexo é uma atividade saudável, mas pode tornar-se problemático no momento em que for um exagero. “Para o ato sexual, o fetichista não necessita da presença de outra pessoa, mas sim do objeto ou tema, portanto a pessoa fetichista não pode variar seu objeto. E não existindo a variedade, a pessoa pode começar a sentir-se inadequada e comprometer o seu envolvimento afetivo e social”, diz Giovanna Lucchesi.
Realizar ou não realizar o seu fetiche, é uma escolha sua. As fantasias existem para serem vividas e compartilhadas, afinal, o prazer é sempre melhor quando vem com uma companhia. Se você se sente seguro numa relação e acha que é o momento de compartilhar suas vontades mais secretas, vá em frente e fale com jeitinho, você não quer assustar ninguém! “Se a atração por algo está de acordo com as normas sociais, legais e não está comprometendo as relações desse indivíduo, por que não?”, finaliza a profissional.
http://jovem.ig.com.br/oscuecas/o_que_rola/2009/01/25/fetiche+3582027.html
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